Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados pela presença de estratificação - que resulta da formação de camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa superfície continental.
Uma outra caracterísitica das rochas sedimentares é a sua ordenação temporal. Assim numa sequência de estratos que não tenha sido modificada da sua posição original, um estrato é mais antigo do que aquele que está por cima, e mais recente do que o que está por baixo - Princípio da sobreposição.
A estratificação das rochas sedimentares e o príncipio da sobreposição:
Resumidamente existem os seguintes princípios:
Princípio do Actualismo – Baseado na frase “o Presente é a chave do Passado”, isto é, os fenómenos geológicos que existem actualmente podem explicar o que aconteceu no passado.
Princípio da Sobreposição – Apresentado pela primeira vez por Steno, pode ser enunciado como “numa sucessão de estratos, os de baixo são mais antigos e os de cima mais recentes”. Esta aplicação não é só válida para as camadas que se encontram horizontalmente, mas também inclinadas, desde que a deformação de origem tectónica, posterior à deposição dos estratos, não tenha provocado a sua inversão.
Princípio da Inclusão – Se um fragmento de uma rocha A está contido numa rocha B, então a B é mais recente que a A. Ex.: conglomerados, brechas.
Princípio da Continuidade Lateral – Em diferentes pontos da Terra pode haver a mesma sequência de estratos. A correlação entre camadas é válida tendo a mesma datação, mesmo que falte um elemento.
Princípio da Identidade Paleontológica – Se dois estratos tiverem o mesmo conteúdo fossílifero, têm a mesma datação. Neste princípio a existência de espécies que tenham evoluído de forma relativamente rápida e com distribuição geográfica o mais ampla possível – fósseis característicos – ajudam na interpretação deste parâmetro.
Princípio da Intersecção – Toda a estrutura geológica que atravesse outra é mais recente do que a que é atravessada. Ex.: Falhas, filões, superfícies de erosão, batólitos ígneos.
Podemos então concluir que a Estratigrafia é essencial na reconstituição da História da Terra, seguindo as relações no espaço e no tempo dos conjuntos líticos e dos fenómenos neles existentes.
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