sábado, 29 de maio de 2010

Conclusões a que nos levam as rochas sedimentares.


Interesse Científico dos Fósseis:

A Geologia utiliza os fósseis como meio de reconstituição de paleoambientes (ambientes antigos) e para a geocronologia, onde são usados na datação das rochas e de acontecimentos geológicos, mas nem todos os fósseis possuem utilidade ambígua, alguns são fósseis de fácies e outros de idade (muito importantes pois dada a sua breve passagem pela Terra ajudam a caracterizar a idade das rochas onde fossilizaram). Os primeiros identificam os ambientes de formação das rochas em que se encontram, nomeadamente a profundidade, a temperatura, a luminosidade, a energia, a oxigenação e a salinidade, que são características ambientais vivídas por esses seres vivos.
Os fósseis de fácies são esclarecedores no que toca aos ambientes de formação das rochas sedimentares, dos quais se dividem em três categorias principais:
- Marinhos (ex:Neríticos ou de plataforma continetal);
- Continentais (ex:Fluviais, Lacustres, etc);
- Transição (Deltaicos, Estuarinos, etc).

Geocronologia
"As causas que no passado provocaram as alterações na Terra são as mesmas que se verificam e se observam actualmente"

A datação de rochas e de acontecimentos geológicos pode fazer-se em termos relativos e em termos absolutos. A geocronologia relativa restringe-se ao estabelecer relações de idade através dos conceitos de "anterior", "posterior" e "contemporâneo", apenas pode indicar épocas ou eras.
Trabalha na base com os seguintes princípios:
- princípio da sobreposição: numa sequência estratigráfica, um determinado estrato é mais antigo do que aquele que se encontra por cima (não é válido aquando acontecimentos de inversão estratigráfica);
- princípio da intersecção: qualquer entidade geológica que intersecte outra lhe é posterior;
- princípio da inclusão: as rochas cujos fragmentos se encontram dentro de outra são mais antigas do que ela;
- princípio da continuidade lateral: um estrato que tem a mesma idade em toda a sua extensão;
- princípio da identidade paleontológica: conjuntos de estratos com o mesmo conteúdo fossilifero são da mesma idade (condição que serve de base ao estabelecer-se correlações estratigráficas).
A geneocronologia absoluta determina, como o próprio nome indica, idades absolutas através da aplicação de métodos radiométricos e geralmente são expressas em milhares ou milhões de anos.
Geoistória
Através dos diversos métodos geocronológicos foi possivel a construção de uma escala do tempo geológico, em que as divisões usadas são em função de acontecimentos marcantes na história da Terra. A importância desses acontecimentos está reflectida na hierarquia da escala, de tal forma que os acontecimentos principais limitam as maiores divisões do calendário geológico.

Foi possível determinar que há cerca de 65 milhões de anos houve uma grande crise ecológica global que resultou na extinção da maioria das espécies existentes (cerca de 80%).

Em sintese
- Alguns minerais das rochas sedimentares formam-se por meteorização química de outros que se instabilizaram devidoàs interacções com a hidrosfera, a atmosfera e a biosfera;
- A meteorização das rochas, tanto química, como física, origina sedimentos que juntamente com os restos orgânicos, farão parte das rochas sedimentares, no seguimento dos processos de erosão, transporte, sedimentação e diagénese;
- As rochas sedimentares podem classificar-se em três grandes grupos: rochas detríticas, quimiogénicas e biogénicas;
- Os fósseis permitem reconstituir a história da evolução biológica, alguns caracterizam o ambiente em que as rochas se formaram (fósseis de fácies) e outros permitem a datação das rochas (fósseis de idade);
- Além do recurso aos fósseis, a geocronologia relativa vale-se de um conjunto de princípios simples baseados, em boa parte, na análise geométrica (princípio da sobreposição, intersecção, etc);
- A geocronologia absoluta permite a datação absoluta das rochas, expressas em anos, a partir de métodos radiométricos.
- As rochas sedimentares tornam-se, assim, arquivos geologicos da história da Terra e dos seres que a habitaram ao longo de milhões de anos, e são, por isso, muito importantes.


Pois bem, estamos a chegar ao fim do nosso trabalho, esperamos que vos tenha sido útil e que sirva para consolidar alguns conceitos e para que deixem de ver rochas como meros "calhaus", afinal elas contam mais histórias do qualquer biblioteca.


Como fomos mostrando ao longo do trabalho o estudo de sedimentos e de rochas sedimentares permite-nos fazer a datação de muitas formações e reconstruir paleoambientes em que a génese destas rochas ocorreu.


A titulo de consolidar e resumir praticamente tudo o que foi abordado:

Convidamo-vos ainda, a realizar algumas das actividades exprimentais, explicadas nos seguinte links:

Formação de estratos

Origem qumica do calcário

Meteorização das rochas sedimentares

Sedimentação

1 comentários:

BenySa disse...

Parabéns.
O trabalho está muito bem desenvolvido.
O blog está claro e tem boa apresentação.
Continuem.
Cumprimentos:

Uma estudante de geologia

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